Sons de SP, da TV Globo, destaca conexão entre música e fé em dois episódios
Sons de SP, da TV Globo, destaca a conexão entre música e fé A quarta temporada da série Sons de SP, da TV Globo, vai mostrar como a música é usada para p...

Sons de SP, da TV Globo, destaca a conexão entre música e fé A quarta temporada da série Sons de SP, da TV Globo, vai mostrar como a música é usada para propagar a fé de diferentes formas no estado de São Paulo, seja nos cultos, nas celebrações ou fora das igrejas, como em casas de show. Com o tema "Música Religiosa", o programa terá dois episódios e será apresentado por Sabina Simonato. O primeiro deles será exibido nesta sexta-feira (8) após o Globo Repórter, e contará a história da música religiosa e como cada crença expressa sua espiritualidade de forma singular. Já o segundo episódio irá ao ar no dia 15 de agosto e mostrará o mercado da música religiosa. 📋O jornalista Fernando Lupo foi o responsável pela coordenação e reportagem, Paola Patriarca, pela produção, e Luis Henrique Marcondes fez o roteiro e a edição (veja ficha técnica completa abaixo). Ao longo de três meses, a equipe entrevistou artistas e representantes religiosos, como a cantora Fafá de Belém, Padre Marcelo Rossi, Padre Zezinho, Juliano Son, bispa Sonia Hernandes, banda Rosa de Saron, Sarah Beatriz, Fabiana Cozza e Rodolfo Abrantes, entre outros. “A música, por si só, já é uma ferramenta que emociona. E quando ela traz uma mensagem de paz e de esperança, tem o poder de transformar pessoas”, afirma Fernando Lupo, coordenador da série. No primeiro episódio, a cantora Fafá de Belém, reconhecida como "a cantora dos papas" por já ter se apresentado para três pontífices, compartilha momentos marcantes de sua trajetória e reflete sobre o papel da música religiosa em sua vida. “A música religiosa é qualquer canção que leva à elevação espiritual. Não importa quem a compôs, ela nos toca pela verdade, independentemente da religião”, diz. Fafá de Belém é uma das entrevistadas na quarta temporada do Sons de SP Bruno Trentin/TV Globo O episódio também traz o relato do padre Marcelo Rossi, que revela cantar músicas evangélicas como forma de promover o diálogo inter-religioso. “Sou um padre que canta, escreve e procura transmitir a fé pelo som. Quando o povo canta junto, eu já sei: é essa música. A fé se transmite, e eu espero transmiti-la”, declara. Padre Marcelo Rossi é um dos entrevistados da quarta temporada do Sons de SP Bruno Trentin/TV Globo Além de ser usada para louvar, a música religiosa é usada como uma ponte entre as pessoas e o sagrado. Nas religiões de matriz africana como o candomblé e a umbanda, os atabaques têm um papel fundamental para essa conexão. Já no budismo, mantras diferentes são entoados para buscar a iluminação. “A música é fundamental nas religiões de matriz africana. Se você está triste, você canta. Se está alegre, você canta, se quer homenagear alguém, faz uma cantiga. No candomblé é dessa forma, você canta para o orixá e a música faz essa conexão entre o homem e a força divina”, diz a Yálòrisá Mãe Carmem de Oxum, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A cantora e pesquisadora Fabiana Cozza fala sobre a relação com a fé e a ancestralidade em suas músicas e destaca outras artistas cujo canto é marcado pela cultura popular afro-indígena, como Clara Nunes, Clementina de Jesus, Maria Bethânia e Alcione. Cantora Fabiana Cozza é uma das entrevistadas da quarta temporada do Sons de SP Bruno Trentin/TV Globo Segundo episódio Sons de SP, da TV Globo, tem primeiro episódio sobre música religiosa nesta sexta-feira No dia 15 de agosto, o segundo episódio amplia a discussão ao mostrar como a música religiosa transcende os ambientes litúrgicos e conquista espaço nas plataformas digitais, nas ruas e nos palcos, reunindo multidões. A pesquisadora Magali do Cunha, do Instituto de Estudos da Religião, aponta que o gospel hoje se transformou em uma cultura musical com nova espiritualidade, indo além dos templos e das comunidades. “O gospel alcança pessoas sem vínculo institucional com a igreja, mas que compartilham a fé”, destaca. LEIA MAIS 1ª temporada de Sons de SP: veja a trajetória da música negra 2ª temporada de Sons de SP: confira a origem do samba paulista 3ª temporada de Sons de SP: saiba a história da música caipira Um dos grandes nomes da nova geração gospel é Sarah Beatriz, que iniciou sua carreira gravando covers e hoje possui mais de 1,7 milhão de inscritos em seu canal. “É gratificante saber que minha música está chegando a lugares que eu nunca imaginei. Não é mérito meu, é mérito de Deus”, afirma a cantora. Série Sons de SP A série ‘Sons de SP’ estreou na programação da Globo em 2022, com a proposta de contar a história da música preta através do rap, do samba, do soul, do funk e do samba-rock. Em 2023, a segunda edição abordou a origem do samba paulista, gênero musical genuinamente brasileiro que nasceu nas fazendas de café do interior de São Paulo a partir dos batuques trazidos pelos africanos no final do século XIX e que se desenvolveu na capital. Na sua terceira edição, em 2024, o programa contou a história da música caipira e sertaneja, desde a sua origem no interior dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Minas Gerais até a sua adaptação aos centros urbanos com a introdução de novos instrumentos e arranjos, passando pelo sertanejo universitário até os dias atuais. Em 2025, o "Sons de SP" explora a força da música religiosa para espalhar mensagens divinas dentro de espaços e celebrações religiosas, e também no cotidiano de paulistas e paulistanos. Ficha técnica de Sons de SP - Música Religiosa: Coordenação e reportagem: Fernando Lupo Produção: Paola Patriarca Imagens: Bruno Trentin Captação de áudio: Gutemberg Benites Roteiro e edição de texto: Luis Henrique Marcondes Edição de mídias audiovisuais: Fábio Burnier Arte: Leticia Prado, Jacqueline Santiago, Pedro Favali, Julio Dubiella Pesquisa de acervo: Giulia Tartari Sonoplastia: Camila Mariga Colorização: Daniel Mendes Abertura: Dryelle Primo, Flavio Carrijo, Gustavo Durval, Renan Moraes, Suzana Prista Produtor de tecnologia: Daniel Silverio, Beatriz Campos Tecnologia e processos de pós-produção: Lucas Orosque, Thiago Medeiros Produtor de finalização: Rogério Mazzaro, Michelle Viana Diretor de jornalismo: Miguel Athayde Chefe de redação - SP: Fernando Castro Diretora de jornalismo - SP: Ana Escalada Diretor responsável: Ricardo Villela Sons de SP, da TV Globo, destaca a conexão entre música e fé em dois episódios Bruno Trentin/TV Globo Sarah Beatriz é uma das entrevistadas do Sons de SP - Música Religiosa Bruno Trentin/TV Globo